A medalhista paralímpica Mariana Gesteira, de 26 anos, e o treinador dela, Leonardo Miglinas, decidiram eternizar, nesta terça-feira (21), a conquista na pele com tatuagens.
Mariana nasceu com síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio. A atleta competiu em provas convencionais até os 14 anos, quando a doença se manifestou.
Como tinha crises de desmaio, teve que se afastar das piscinas em 2009. Em 2013, ela começou na natação paralímpica e, em 2016, competiu nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro.
A primeira medalha veio em 2021, no Japão, quando ela fez 1m03s39 nos 100 metros livres.
O treinador dela, Leonardo Miglias, contou que a ideia de tatuar a Paralimpíada partiu antes mesmo da convocação.
"Fizemos uma promessa de que, se fossemos convocados, faríamos uma tatuagem para registrar esse momento. Ela foi para Tóquio, mas eu não fui convocado formalmente. Então fizemos outra [promessa] para ela trazer uma medalha.
Agora a gente está aqui para marcar esse momento", contou Leonardo.
A imagem escolhida foi identidade visual dos jogos da Tóquio 2020 e também a data em que a medalha de bronze foi conquistada. Estrela da promessa, a medalha esteve junto com a atleta durante todo o processo da tatuagem.
"Essa é a minha primeira medalha paralímpica. É muito gratificante e tem muita história vivida por trás de tudo isso aqui.
Não é só essa medalha. É um caminho muito duro e eu já tinha vontade de tatuar as outras competições. Quando o Leo deu a ideia, eu achei que era a melhor possível", relatou Mariana.