Poucos jogadores brasileiros conseguiram disputar um Mundial acima dos 35 anos. O recorde até hoje é de Nilton Santos e Djalma Santos, que estiveram em campo, respectivamente, na Copa de 1962 e 1966, com 37 anos. Entre as estrelas do ataque, a maioria não superou a casa dos 30 anos. Relembre os casos:
Ronaldo (29 anos)
O Fenômeno disputou quatro Copas do Mundo. Na primeira, em 1994, aos 17 anos, não saiu do banco de reservas e foi um espectador de luxo no tetra.
Em 1998, já como grande estrela do futebol mundial, brilhou ao longo do torneio, mas acabou com o vice, marcado por sua convulsão às vésperas da final contra a França. Quatro anos depois, se recuperou de uma grave lesão e foi o herói do penta com oito gols em 2002. Em sua última Copa, a de 2006, com 29 anos e já acima do peso, não evitou nova derrota para a França nas quartas de final. Em 2010, em fim de carreira pelo Corinthians, aos 33 anos, não conseguiu convencer Dunga de que poderia estar na África do Sul.
Rivaldo (30 anos)
Camisa 10 do penta, Rivaldo tem em seu currículo dois Mundiais, com duas finais. Autor de três gols na Copa do Mundo de 1998, o brasileiro não pôde fazer a diferença na final, quando o Brasil foi derrotado por 3 a 0 pela França. Sob desconfiança o meia-atacante chegou para 2002 com 30 anos e foi fundamental na conquista do penta com cinco bolas na rede. Sua última partida pela seleção brasileira foi em 2003 e, aos 34 anos, ele nem sequer foi cogitado para o Mundial de 2006.
Ronaldinho (26 anos)
Meteórica é uma das melhores definições para a carreira de Ronaldinho Gaúcho. Responsável por encantar o mundo nos inícios dos anos 2000, o craque brasileiro disputou dois Mundiais. Coadjuvante de luxo no título de 2002 na edição do Japão e da Coreia do Sul, o Gaúcho decepcionou em 2006, junto a um time de estrelas, como Adriano, Ronaldo e Kaká. Já longe seu auge, apesar da pouca idade, o “Bruxo”,não foi escolhido por Dunga para a Copa da África do Sul, nem por Felipão para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
Kaká (28 anos)
Último brasileiro a ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo, Kaká disputou três Copas do Mundo, mas nunca conseguiu ter o protagonismo de seu auge no Milan. Muito jovem no título mundial de 2002, o brasileiro não conseguiu superar as quartas de final em 2006 e 2010. No Mundial da Alemanha, fez parte de uma badalada seleção, que decepcionou, e no seguinte, na Copa da Africa, aos 28 anos, jogou já com lesões e pouco agregou.
Para 2014, aos 32 anos, o meia até demonstrou interesse, mas não conseguiu convencer Felipão.
Romário (28 anos)
Pelos mais variados motivos, a Copa do Mundo só pode contar com o esplendor de Romário uma única vez, em 1994. Quatro anos antes, ele chegou lesionado ao Mundial da Itália, e só participou de um jogo, contra a Escócia. Nos EUA, ele foi o cara: campeão do mundo com cinco gols nos sete jogos disputados.
Em 1998, ele formaria uma das duplas de ataque mais temidas da história do torneio com Ronaldo, mas novamente se lesionou e acabou cortado de forma polêmica. Em 2002, ainda brilhando no futebol nacional aos 36 anos, ficou de fora por escolha do técnico Luiz Felipe Scolari, com quem tinha problemas pessoais.
Quer a Copa do Mundo 2022 seja sua última ou não, espero vê-lo continuar jogando.